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"Eu triste sou calada Eu brava sou estúpida Eu lúcida sou chata Eu gata sou esperta Eu cega sou vidente Eu carente sou insana Eu malandra sou fresca Eu seca sou vazia Eu fria sou distante Eu quente sou oleosa Eu prosa sou tantas Eu santa sou gelada Eu salgada sou crua Eu pura sou tentada Eu sentada sou alta Eu jovem sou donzela Eu bela sou fútil Eu útil sou boa Eu à toa sou tua."

29 de mai. de 2010

Vergonha Social, Vergonha Profissional.

Brasília, 26 de maio de 2010

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"Polêmica: caso de preconceito e demissão em Faculdade é destaque nacional

Veja repercussão da imagem do beijo lésbico na imprensa brasileira


Reportagem divulgada pelo Jornal Hoje, em cadeia nacional
pode ser vista na globo.com (reprodução)

Depois de ser divulgado na TV Globo Minas, na TV Alterosa, na Folha Online e nos Portais Uai, CorreioWeb, Terra e O Globo, o caso da Faculdade Faminas, denunciada pela assistente social Viviane Souza Pereira por vetar a publicação de um cartaz que trazia a imagem de um beijo homossexual, foi noticiado nesta terça-feira, 25 de maio, em cadeia nacional, pelo Jornal Hoje da Rede Globo.

No sábado, 22/5, a Folha de São Paulo já havia abordado o assunto e a presidente do CFESS, Ivanete Boschetti, concedeu entrevista. "Entendemos que é uma atitude preconceituosa da instituição proibir o uso da ilustração, retirada da Agenda 2010 do CFESS. Um dos temas do seminário era o reconhecimento da diversidade e a defesa de lutas sociais contra toda forma de discriminação e opressão a diversos segmentos retratados na agenda, entre estes, o segmento LGBT. E um dos princípios do nosso Código de Ética é lutar contra a discriminação", afirmou à Folha.

Viviane Souza Pereira era coordenadora do curso de Serviço Social da Faminas e foi demitida pela Faculdade, que justificou sua demissão por ela ter cancelado a 7ª Semana Acadêmica de Serviço Social da instituição sem permissão da direção. A ex-coordenadora afirmou que sua atitude foi motivada pela censura e preconceito da Faminas em relação à ilustração do cartaz de divulgação do evento.

Com o caso ganhando visibilidade nacional, é preciso acompanhar de perto como o fato vem sendo abordado. "É importante que os/as assistentes sociais comentem as reportagens que estão sendo veiculadas, reforçando o Código de Ética Profissional", sugeriu Kênia Augusta Figueiredo, coordenadora da Comissão de Comunicação do CFESS.


>> Veja a matéria veiculada pelo Jornal Hoje (Globo), acompanhe a cobertura da imprensa nacional sobre o caso e comente! " ( link retirado do site do cfess)
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Esse é mais um caso que decepciona profissionais da area e estudantes.
Sabendo que o S. So é uma profissão que tem como base, ser critica, ser apolítica, ser um encontro de diferenças e respeito as escolhas de cada individuo.
Nesse momento que posso ver claramente , que mesmo depois de tantos movimentos de reconceituação(dec de 60) , mov. endogenos, onde a profissão se voltou para si mesma, para repaginar seus pensamentos, suas atitudes e suas prioridades. Mesmo assim, aonda vemos assistentes sociais, consevadoras, quadradas. Indo contra o foco do seso.

No meu nascimento no Serviço social, na minha" calourice", venho tendo incontaveis questionamentos, sobre meus valores, meus prinipicios, meus "nuncas", minhas frases do tipo " eu vou ser sempre assim", me vejo uma nova pessoa, me vejo uma contribuinte para minha sociedade. Uma nova "pensadora" sobre questões sociais, sobre favela, sobre etica e direitos do cidadao. E ai, quando me deparo com uma reportagem deste porte, forma-se imediatamente um constrangimento, uma revolta .
Não quero ser hipocrita, mas quero seu humana!
Logico que tenho meus preconceitos, meus furos, isso faz parte da humanidade que ha em cadaum de nós, mas reafirmo , meu proposito de me alterar, permitir que o saber me tome, que a filosofia , que os fatos sociais, interajam em mim, e eu neles, para que não viva mais nessa mente alienada( que marx ja falava tanto) .

aff! To mega revoltada! rs
Nem sei mais o que falar, nem sei se teve a ver o que disse acima, mas foi mais um desabafo.
beijos.

27 de mai. de 2010

" É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar a verdade não há"

"Tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar com serenidade sua posição social e suas relações recíprocas." (Manifesto Comunista)Karl Marx



"Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência." Karl Marx



Todo homem, é um ser social. Um ser social, é todo aquele que vive dentro de uma comunidade, em convivo, bom ou ruim, que ele seja. É a certeza de que não conseguimos viver isolados, só. Mas só conseguimos lutar, desenvolver, aprender, criticar, e afins se estivermos em grupo.

O primeiro processo de socialização do individuo é dentro da instituição chamada família. A segunda é escola, e segue inúmeras de outras instuições que seguimos. Nessas primeiras, nos ensinam o controle, o certo e o errado, o próximo, e o nosso limite. O jeito de falar, de sentar, de comer, de pensar. Mas será que nos prepara pra grande "civilização" que nos espera?

Nos colocam em seus padrões. Padronizando toda uma sociedade, é mais fácil de manter o controle. Uma mesma língua, uma mesma visão , um mesmo comportamento. Sem rebeliões, motins, e guerras. Tudo sob o olhar do sistema.

http://www.youtube.com/watch?v=9idR7oXTx9Y

26 de mai. de 2010

Criminalização da pobreza

"O processo de criminalização da pobreza, das lutas e das organizações sociais é uma necessidade do capital que tende a se aprofundar para garantir a manutenção do sistema." Najla Passos.

"Ser pobre não significa apenas não obter serviços de educação e saúde adequados, ou trabalho, mas também sofrer violência em seus territórios e suas casas envolvendo a exclusão. Há uma estereotipagem dos pobres como criminosos através da mídia e até autoridades públicas, fazendo com que pessoas, em especial os jovens negros, sejam estigmatizadas pelo local onde moram" Michael Miller, um dos diretores da OMCT.

"“Há uma produção histórica de ligar o pobre ao crime, conferindo-lhe uma essência perigosa, a produção de um inimigo interno, aquele que não é humano” Cecília Coimbra.

Essa ligação do pobre ao crime, vem de décadas. Poderia citar outros textos que afirmam o que eu digo. Resenhas de Deputados, Vereadores, grandes nomes do nosso país denegrindo a imagem do "pobre". Relacionar a pobreza a calamidade. a sujeira, a perigo em sim, é o verdadeiro crime. Crime ao ser humano, a população!

De verdade , morar em favelas, não são escolhas dadas a essas pessoas: " Dona Maria, bom dia, separamos uma casa otima na zona sul da cidade e outra em cima do lixão, no Bumba, o que a senhora prefere? - A eu prefiro em cima do Bumba , adoro aquela vista"...

Não , lógico que não! O mais incrível é termos pessoas que ainda pensam desta forma.

A população não tem escolha. A taxa de desemprego, a má distribuição de renda, saúde , educação, e afins que escolhem por eles.

O próprio sistema , os segregam. Os que dominam pra cá, o que se submetem, pra lá.Só esquecem que a classe trabalhadora, é a que sustenta a pirâmide do capitalismo. Essa tal classe tão humilhada, tão menos preservada, tão imoralmente tratada, é a que move o capital, a que rende o lucro das grandes multi nacionais. Que coisa não?!

Outro dia vi um documentário, sobre um muro que está sendo construído para "´preservar a natureza dos morros" ????????? E que estão sendo investindo em torno de 20 milhões de reais, nessa sutil construção. Preservar?? O que? quem de que? Isso é mais uma atitude desumana do nosso ilustre governo, com a intenção de cada vez separar, repartir, aniquilar essa parte, grande parte da nossa população que vive nos morros.

Isso parece um momento histórico, quando Pereira Passos, surge com sua brilhante ideia de "melhoria" para nossa cidade maravilhosa, e vejam só, qual foi uma das primeiras ideias? Cessar com os cortiços. Sim, onde a população menos provida morava, tinha sua família, seu lar. Com a promessa que eles teriam um novo lugar de morar, uma lugar ´próximo na lagoa, e de fato isso aconteceu, ele só esqueceu de comentar que depois eles seriam despejados novamente de lá.

Ou seja , povos nômades, que possuem, pátria, casa, família, emprego, mas não são permitidos de residirem onde podem. Somando forças? Impondo forças, seria melhor? Poder através da força?

Isso esta tão entronizado na nossa sociedade, que nós mesmos indignados, somos pegos, por um olhar preconceituoso, um pensamento se quer que seja. O poder que impera , o controle em nós é tão forte , que a gente nem percebe o proceder dos fatos, agimos com banalidade, ficamos chocados por 1 ou 1 semanas no máximo quando vimos uma reportagem como a das tragédias no morro do bumba, porem logo depois continuamos nossa vidinha medíocre, e alienada de sempre.

Essa revolta, esse olhar critico não pode nunca se apagar! Nem mesmo que o sistema , nos cegue, nos prenda, nos ameaça, temos que ter aquela mesma bravura de nossos antepassados, a força de um militante, que luta pela igualdade, pelo respeito, pela justiça.

23 de mai. de 2010

Autocracia...

Essa semana, vi um filme muito bom, chamado "A onda" , alemão e bastante intrigante. Discute sobre o tema AUTOCRACIA, dentre outros, tendo este como centro do filme.




Um professor, começa um estudo sobre a autocracia, iniciando um debate dentro da sala de aula, e segue com uma apresentação, como um projeto, onde a turma inteira vive de fato, o que é autocracia. No desenvolver do enredo, os jovens vão se envolvendo demais com o tema sugerido.




Criam uniformes, nome, lôgo, saudação, indicam um líder. Isso vai mudando a vida de todos .




O final, é brilhante. Claro que não irei contar, não teria graça!




Mas eis a questão, autocracia, o que é isto afinal? Estudando sobre isso em uma aula de Psicologia, e juntando outros saberes das aulas de Teoria Política, aprendi o significado desta palavra: Auto: si mesmo. seu. para si - Cracia: Vem do grego, KRATIA, quer dizer poder.




Então, O poder para si, ou somente um grupo , uma pessoa, designa o poder a outros públicos.




Ao terminar o filme, fiquei por alguns instantes assentando pensamentos em minha mente.




Do tipo, a necessidade do homem fazer parte de um grupo, a necessidade de pertencimento.




As buscas interiores que cada homem, tem, e transfere para seus próximos. A facilidade de sermos controlados, padronizados, organizados. No filme por um professor , porém na na vida, pelo poder público, pelo sistema, pelo capitalismo, pelo governo instituído, pelas leis legitimadas, enfim, tantos meios criados, para desenvolver o controle da massa.




E dentro de tantos pensamentos, não consegui chegar a nenhuma conclusão, só a mais duvidas, questionamentos, e revoltas. Como somos influenciados? Como somos calados, e omissos? Como somos armodaçados , medrosos, coagidos, pelo poder público, de maneira a perder nossa própria identidade. Quando nos calamos, e deixamos a " vida nos levar", só transferimos cada vez mais, o correr da nossa vida, para outros poderes. Onde chegaremos? Ou onde não chegaremos?




De fato, essa submissão que aceitamos com tanta facilidade, vem de uns 300 anos atrás. Nosso país tem uma forte história de escravidão. De ser colonizado, para único motivo de ser extraído, de ser consumido. Um passado de aceitação, de prisão, de algemas , de chicotes, de castigos, e por ai vai...Hoje não temos como alterar o passado, mas podemos mudar nosso futuro. Fácil? Jamais.



Bom como sou nova nesse negócio aqui, ainda não sei se ficou bom, ou ruim, não sem nem como terminar, (nunca aprendi a dar conclusão nos textos).

Então, deixo assim...bjs