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"Eu triste sou calada Eu brava sou estúpida Eu lúcida sou chata Eu gata sou esperta Eu cega sou vidente Eu carente sou insana Eu malandra sou fresca Eu seca sou vazia Eu fria sou distante Eu quente sou oleosa Eu prosa sou tantas Eu santa sou gelada Eu salgada sou crua Eu pura sou tentada Eu sentada sou alta Eu jovem sou donzela Eu bela sou fútil Eu útil sou boa Eu à toa sou tua."

27 de abr. de 2011

Do meu ponto de vista....

Você nunca vai entender o valor das coisas. E que cada coisa tem seu valor diferente.
Nunca vai enxergar além do que se pode ver. Você nunca foi bom nisso.
Nem ouvir com o coração, ouvir com o corpo, com a pele.
Conhecer pelo cheiro.
Você se esquece. As coisas passam por você. As realmente importantes.
Já percebi que não me reconhece mais. Já se esqueceu.
No fundo nunca me conheceu, nunca fomos apresentados.
Você devia estar atolado demais. Atrasado demais. Ocupado demais.
Como você tinha o talento de dar desculpas. As mais fajutas possíveis. E como eu , depois de fazer um escândalo, acreditava em tudo, ou só me deixava levar.
Você sempre se atrasava. Isso é um defeito seu. Está sempre atrasado, chegando depois da hora certa. E se acha no direito de ter a razão.
Seu dom de me tirar do sério, é de longe, quase uma virtude.
Como fazia aquilo? Eu me transformava do seu lado.
Você nunca me escutava, nunca me entendeu.
Eu falava latim e você grego. Uma torre de Babel nossa relação.
Eu era cega, e você o surdo. Nós dois , dois mudos!
E quando pedia pra eu repetir , o que tinha acabado de contar? Isso era pelo menos umas 5 vezes em cada história que eu contava.
Ah sem falar, de como duvidava. Você sempre me achou uma farsa.Um blefê.
Eu nunca te obriguei pra ficar comigo, e você ficou durante um bom tempo. Mas por que fazia isso comigo? Contigo? Com a gente?

Eu nunca podia ser "eu" de verdade.
Nunca era "eu" naquele momento.
Nem sei se um dia esse "eu" existiu pra você.
Você não aceitava. Eu era uma coisa a ser estudada.Uma mutante, do tipo X-Men .
Uma mulher que pensava , aquelas coisas que eu pensava, aquilo não era ser moderna, era ser vulgar, uma pervertida quase. Totalmente sem modos. Como você repetia isso.
Você dizia que eu nem sabia sentar na mesa de uma bar direito,lembra?
Que eu parecia um moleque! Ah você é realmente incrível.
Nada nunca foi do seu gosto. Você não me dava descanso. Eu pensava três vezes antes de falar alguma coisa, que você não fosse interpretar de outra forma.
Não falava palavrão. Era feio , meninas não fazem isso. E as gírias? Você sempre falava que eu estava imitando alguém.
Nunca podia ser eu, era sempre você.
Como eu me culpava. Como eu realmente me achava uma pessoa de outro mundo. Uma mulher que não podia existir.
Eu era uma louca, uma bruxa, uma vulgar.Quase uma coitada.
Os momentos de paz,eram durante 10 minutos, logo depois , vinha uma briga por qualquer bobagem que fosse. Um assunto banal, que fazia a gente querer se matar.

Se eu vejo só as coisas ruins? Não. Apesar de , hoje me divertir com essas loucuras.
Existiam coisas maravilhosas. A gente passou um "bocado" junto.
A gente riu bastante. Falava, como a gente falava, no começo. Sobre tudo.

Acho que valeu a pena. Acho não, tenho certeza!

Um dia a gente aprende que pessoas perfeitas nunca vão existir.
E que amores vão e vem. A gente fica, a gente sempre fica, no mesmo lugar, mas nunca do mesmo jeito....

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