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"Eu triste sou calada Eu brava sou estúpida Eu lúcida sou chata Eu gata sou esperta Eu cega sou vidente Eu carente sou insana Eu malandra sou fresca Eu seca sou vazia Eu fria sou distante Eu quente sou oleosa Eu prosa sou tantas Eu santa sou gelada Eu salgada sou crua Eu pura sou tentada Eu sentada sou alta Eu jovem sou donzela Eu bela sou fútil Eu útil sou boa Eu à toa sou tua."

23 de mai. de 2011

Diálogo aberto

"Provavelmente só se separam os que levam a infecção do outro até os limites da autenticidade, os que têm coragem de se olhar nos olhos e descobrir que o amor de ontem merece mais do que conforto dos hábitos e o conformismo da complementaridade"



" A separação pode ser o ato de absoluta e radical união, a ligação para a eternidade de dois seres que um dia se amaram demasiado para poderem amar-se de outra maneira, pequena e mansa , quase vegetal"

" Só nós dois sabemos que não se trata de sucesso ou fracasso. Só nós dois sabemos que o que se sente não se trata- e é o nome desse intratável que um dia nos fez estremecer que agora nos separamos. Para lá da dilaceração dos dias, dos livros , discos e filmes que nos coloriram a vida , encontramos-nos agora juntos na violência do sofrimento, na ausência um do outro como ja não nos lembrávamos de ter estado em presença.É uma forma de amor inviável, que, por isso mesmo, não tem fim."


Trechos retirado do livro Em tuas mãos,de Inês Pedrosa.(Portugal)

E eu não preciso nem falar o quanto falou comigo esses trechos né?
Eu posso amar você, e não querer ficar com você. Seria voltar, continuar nos matando por dentro.
Eu tento salvar o resto de amor que nos ronda.
Que as brigas ainda não conseguiram aniquilar, que as palavras ásperas não cortaram ainda, e que nós mesmos na nossa ignorância, não sepultamos em nosso canteiro de mágoas.O seu amor, o meu amor, o nosso amor, está em mim, vivinho da silva, se quer saber. E eu gosto dele aqui, no quentinho do meu peito, no calor da minha pele, na ternura do meu olhar.
Prefiro que seja uma saudade, do que uma dor diária.
Eu amo você, com tanta força.
Talvez eu poderia amar você pra sempre, mas isso me tornaria responsável por outras atitudes, seria um contrato sem fins lucrativos.
Um dia eu quis muito, mas que a mim.
Hoje eu só quero descansar desse nosso amor, que me manteve ocupada durante todos esses anos. Me manteve no no nosso cativeiro. Longe de todas as dores do mundo, e sujeita as todas as outras dores, nossas.
E sim sabemos o quanto nos amamos, o quanto foi válido, o quanto foi bom.
E por esse amor, em homenagem a ele, esse nosso, é que nos separamos, que tentamos a cada dia nos afastar mais e mais.
É difícil, é árduo, é complexo, mas é o certo, é a salvação do nosso fim.
A dor é profunda, um corte do pé a cabeça, mas depois vem a calma que nos preenche e nos explica o significado de amor terno.
E começamos a entender que separar-se , deixar-se, para voltar a ser outro, é fundamental para nosso crescimento , para o nosso inteiro voltar a ser como era, e não ser mais uma metade.

Um comentário:

  1. Esse é aquele livro que você trouxe e me mostrou, né?
    Toda inspirada, mas vê se muda um pouco esse foco.. ;)
    Te amo!

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