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"Eu triste sou calada Eu brava sou estúpida Eu lúcida sou chata Eu gata sou esperta Eu cega sou vidente Eu carente sou insana Eu malandra sou fresca Eu seca sou vazia Eu fria sou distante Eu quente sou oleosa Eu prosa sou tantas Eu santa sou gelada Eu salgada sou crua Eu pura sou tentada Eu sentada sou alta Eu jovem sou donzela Eu bela sou fútil Eu útil sou boa Eu à toa sou tua."

16 de mai. de 2011

"To na de fora"!

Há pessoas que vivem para dentro e outras que vivem para fora.

Os que vivem para dentro , pensam em si, cultivam um rei na barriga, sua dor é sempre maior que a de todos , suas perdas, suas mágoas, doem mais.
São pessoas que acreditam que conseguem viver a sós no mundo. Tolas.
Não compartilham, não dividem-se, não se dão, não recebem, não trocam.
Não respiram o outro.
Não estão disponíveis.
Usam as pessoas como objetos, como bens, como posse. Não como parte do todo.

Estou lendo um livro ,chamado : Perdas e Ganhos , de Lya Luft, e ela diz uma frase linda, que exemplifica pessoas , de dentro.
"Há quem goste de se fechar em uma caverna"
Há pessoas que tem medo de se mostrar, de se apresentar. Por se acharem inferiores, ou por se acharem muito boas? O que é um fato que me assusta.
Não olham nos olhos, não existe gratidão.
Primeiro eu, segundo eu, terceiro..?? EU!

Mas há aqueles que vivem para fora.
Onde a vida do outro é sempre assunto.
Pessoas que se anulam, que se colocam de escanteio.
O outro é sempre mais interessante. Apontam, julgam, discriminam.
A sua vida é entregue aos outros.
Aceitam tudo. Medo de estar sozinho, de sobrar.
"Não ". " Não posso hoje". Essas palavras não existem, molda sua vida de acordo com a do outro.
Me lembro de quando eu tinha uns 9-10 , depois, uns 13-16 sempre nas aulas de Ed. Física, (meu inferno astral!) eu sobrava. Antes dos jogos, eram escolhidos os participantes, duas pessoas escolhiam um por um, eu sem dom nenhum de esportista nata, era uma das últimas, salvo quando uma amiga era quem escolhia, e por amizade (só podia ser por isso mesmo), me escolhia logo de cara. Esporte nunca foi meu forte, aulas dessas coisas então muito menos. Eu ainda, para melhorar, usava um lindo óculos, as pessoas tinham medo, pena de quebrar sei lá...
Eu enrolava muito meus professores, vezes cólicas, vezes dor de cabeça, asma, gripe, triste, tpm, quando não podia mais, lá ia eu sobrar no grupinho.
Eu era extremamente preocupada com os OUTROS. Eu era a prova de se viver pra fora! Eu nem sabia que existia um , dentro.
Com isso, com esses medos, nos adaptamos aos outros, ao meio.
Pessoas que vivem para fora, são vazias, vazias de si.
Quem vive para fora , não se explora, não conhece seus limites.

Achar um equilibrio entre DENTRO e FORA, requer uma vida inteira.
Pra isso é preciso "cambalear" pra dentro, outras pra fora.
Ponto do x, só vem depois de muito auto-conhecimento.
Se permitir para o dentro, e ver se o fora não te tome na loucura.
Dentro e fora, precisam ser servos da sua auto-crítica.

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